Ultimamente,
tenho sido consultado com alguma frequência sobre um dilema
que vem afligindo muitos profissionais, em atividade ou não,
atemorizados pelo clima de incerteza econômica e política
que vive o nosso país.
Com a devida licença da amiga Reny Okuhara,
aproveito o tema de seu último post - "EMPREGADO ou
EMPRESÁRIO, qual é a melhor opção?"
- para discorrer um pouco sobre o tema, que não deixa de
ser um grande dilema.
Como alguém que vivenciou os dois lados da
moeda com bastante intensidade, percebo que o assunto vem atrapalhando
o sono de muita gente. Em minha opinião, esta é a
mais grave crise nos últimos 40 anos e está levando
muita gente que ficou sem emprego a pensar em abrir um negócio,
ou a trabalhar por conta própria. Assim como conheço
gente que trabalha como empresária e sonha em voltar a ser
empregada.
Difícil decisão! Olhar para uma pessoa
e indicar qual é a sua verdadeira vocação não
é fácil. "Faça isso ou faça aquilo,
que será feliz!" Não existe uma fórmula
mágica, definitiva, que assegure cem por cento de acerto.
Na opinião de especialistas, o empreendedor de sucesso já
nasce com essa vocação, facilmente reconhecida, como
se fosse parte de seu DNA. Negócios novos surgem todos os
dias pela cidade. Ao mesmo tempo em que presenciamos, com tristeza,
muitas empresas fechando as portas por absoluta impossibilidade
de se manterem de pé. Isso, em todos os segmentos, seja no
comércio de bairros, seja nos shoppings, em empresas de serviços
e até em indústrias. Uma estatística alarmante,
que deve servir de valiosa referência, mostra que, de cem
novas empresas abertas, mais da metade não consegue sequer
completar o terceiro aniversário.
Grande parte desse insucesso se deve a má
preparação e à falta de perfil desses empreendedores.
Quem passou por isso sabe das dificuldades que surgem no caminho
do empresário: opções erradas de negócios;
problemas com sócios; dificuldades com capital de giro; concorrência
desleal; empregados com perfis inadequados etc. são alguns
dos inúmeros problemas que o empreendedor neófito
pode enfrentar.
Enfim, não querendo desestimular quem está
pensando em montar seu próprio negócio, é preciso
muito cuidado. O que parece sonho pode se tornar um pesadelo, com
perda de tempo, dinheiro e oportunidades, em suas carreiras e vidas,
como bem afirmou a consultora Reny.
Essa decisão não pode ser tomada com
pressa. Olhe para você e procure identificar o seu perfil.
Qualquer que seja esse perfil, desejo-lhe BOA SORTE! E, para os
"nikkeis" e descendentes, surge a alternativa de trabalho
no Japão, que voltou a ser uma interessante opção
de emprego.
Até a próxima!
Katsuo Higuchi
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