No inverno, com a necessidade de vestir agasalhos, torna-se comum ver
pessoas praticando tricô. Durante um banho de sol ou numa noite
solitária, num trajeto de ônibus ou metrô, ou numa
sala de espera, sempre aparecem oportunidades para tricotar. Ainda que,
há algumas décadas, já estejam disponíveis
máquinas de tricô, a visão de mulheres de todas as
idades (e até de alguns homens) com agulhas nas mãos, alheias
ao mundo e concentradas em urdir meias, cachecóis e capuzes, tem
algo que toca o coração. Para quem estarão tricotando?
O tricô da esposa
Quando começa, também
com ele o silêncio.
Katô Shûson (19051993)
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