O kigo deste haicai é tsubaki (camélia), arbusto cujas
flores aparecem na primavera japonesa.
Uma flor de camélia, das dimensões de um punho fechado,
cai no chão, fazendo um baque quase inaudível. No mesmo
momento, um monge atravessa o local, rindo por algum motivo. A camélia
desprende-se inteira do galho. Diz-se que não é apreciada
pelos samurais, por lembrar o movimento de uma cabeça decepada.
Pela associação com a morte, nunca se presenteia os doentes
com camélias no Japão moderno. Quanto à relação
entre a passagem do monge e a queda da flor, não há vínculo
aparente entre as duas. Entretanto, comentadores japoneses enxergam aí
uma combinação requintada.
Bakusui foi contemporâneo de Buson, com quem compartilhou o interesse
pela volta aos ideais de Bashô, num momento em que o haicai estava
ameaçado por baixos padrões poéticos.
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